É cada vez mais difícil estacionar em Alphaville

Chegar mais cedo, pedir para alguém segurar a vaga, deixar o carro a quilômetros do escritório. Essas e outras artimanhas para conseguir uma vaga de para estacionar nas ruas do guia do bairro Alphaville quase não funcionam mais. O fluxo intenso de veículos, formado principalmente pelos trabalhadores e estudantes que se dirigem ao bairro diariamente, deixa a todos praticamente sem alternativas.

Para piorar a situação, os estacionamentos particulares estão quase todos lotados. Há filas de espera para quem quer contratar o serviço mensalmente. E isso não quer dizer que os preços não sejam salgados. Há para todos os bolsos e gostos. Tem mensalidade de R$ 300 como tem estacionamento cobrando R$ 90 por mês.

Uma das alternativas aguardada por muitos é a expansão da Zona Azul. “Se ela funcionar corretamente. Se todos obedecerem o tempo-limite, a alternativa é excelente, porque obriga muitos a migrarem para os estacionamentos particulares ou optarem pelo transporte público, que precisa, lógico, de melhorias para atender a demanda”, observa Jayme Safeur, 52 anos.





Ângela Martins, 32, também gostaria de ver as vagas de Zona Azul ampliadas. Para ela, a rotatividade do solo é mais democrática e coloca a todos de forma igualitária. “Tem gente que chega duas horas antes de iniciar o expediente apenas para garantir uma vaga, mas nem todos têm condições de fazer isso. Com a Zona Azul, todos teriam de disputar em pé de igualdade. Acho que valeria a pena”, diz.

A Zona Azul, por enquanto, funciona apenas em um trecho da alameda Madeira. Tão logo entrou em funcionamento, a utilização, de fato, gerou a rotatividade. Nas 97 vagas passavam, por dia, cerca de 700 motoristas. Atualmente, embora o Demutran (Departamento Municipal de Trânsito) mantenha a fiscalização na área, aproximadamente 30 motoristas são autuados por dia por desrespeitarem a rotatividade. Eles colocam mais de um tíquete no parabrisas do veículos e burlam o período de Zona Azul.

O desrespeito a Zona Azul dá três pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e rende uma multa de R$ 53,20. Cada cartão é vendido a R$ 1 a hora e dá permissão para, no máximo, duas horas.

Fonte: Folha de Alphaville





Deixe seu comentário