Prédios modernos aumentam valor do m² em Alphaville

Dados do segundo semestre deste ano mostram que o preço médio pedido em escritórios de alto padrão (classe A) em Encontra Alphaville fechou em R$ 81/m² útil/mês. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a média é 45% superior. “A alta é decorrente dos edifícios mais modernos, de alta qualidade e especificações técnicas em oferta a preços superiores ao tradicionalmente praticados pelos mercados”, explica Mariana Hanania, gerente de Pesquisa e Mercado para América do Sul da Cushman & Wakefield.

De acordo com ela, a chegada de novos empreendimentos deve provocar nova alta nos preços. “Os novos empreendimentos virão para atender uma necessidade atual do mercado: empresas em expansão, que necessitam de espaço e falta de oferta disponível para atendê-las de maneira condizente às suas necessidades.

Este fator, combinado à entrada de edifícios mais modernos e de melhor qualidade, resulta na alta dos preços, principalmente no principal polo já desenvolvido no mercado de escritórios. Algumas destas regiões já se aproximam da saturação, fazendo com que a valorização permaneça, embora mais moderada do que temos visto. Historicamente, a queda dos preços só ocorreu em momentos muito específicos do mercado e da economia [período de 2001 a 2004], quando as taxas de vacância ultrapassaram os 15%, e está não é uma perspectiva de curto/médio prazo”.

O temor de quem atua no mercado é justamente o contrário do previsto pela Cushman. “Em alguns momentos, a gente acaba achando que há muita oferta. Como a procura é pequena, a disputa pelos clientes recai justamente no melhor preço oferecido. Se você reduz o preço do metro quadrado, a tendência é que outras adotem a mesma alternativa para não ficarem com o espaço desocupado”, diz Hélio Menezes, corretor de imóveis.





Já João Finotti, gerente comercial da Masa Empreendimentos Imobiliários, diz que a chegada de novos empreendimentos interfere nos preços. “Esse reflexo já está sendo sentido no mercado de salas, com excesso de ofertas, gerando um realinhamento de preços para se manter mais competitivo, situação inversa ao mercado corporativo, uma vez que Alphaville tem apenas dois empreendimentos e uma enorme demanda de grandes empresas interessadas em migrar de São Paulo para cá, e para um empreendimento que receba exclusivamente grandes empresas”, diz.

De acordo com ele, é preciso que todos entendam a diferença entre empreendimentos comerciais e corporativos. O primeiro tem composição de lajes com salas com média de 50 metros quadrados e o segundo, é composto por lajes acima de mil metros quadrados, sem que haja salas pequenas.

“Quanto aos empreendimentos comerciais de salas, o mercado já está sentindo a oferta muito grande, apesar de cada vez mais Alphaville ser um caminho natural de empresas de São Paulo”, complementa. Ou seja, para quem atua no mercado imobiliário, a tendência é que haja altos e baixos, mas não uma estagnação, porque sempre haverá demanda e também procura por espaços.

“Se Alphaville recebe novas empresas, também exige novos serviços, que atrai empreendedores interessados em atender esses novos trabalhadores ou moradores. Nunca para”, alerta Eduardo Costa, economista.

Fonte: Folha de Alphaville





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