A Zona Azul, sistema que democratiza a utilização do solo, no que diz respeito ao estacionamento de rua, será expandida em Encontra Alphaville. A ampliação já entra em vigor no próximo mês. Para tanto, a prefeitura dará início à sinalização do solo, para orientar os motoristas.
De acordo com o secretário dos Assuntos de Segurança, Edson Santos, que responde pelo Demutran (Departamento Municipal de Trânsito), na alameda Madeira, o sistema de Zona Azul será estendido para o canteiro central. “Hoje temos 93 vagas na via e passaremos a ter 220 vagas”, diz.
A Zona Azul também chegará a avenida Cauaxi, onde atingirá 120 vagas. Além dessas, a prefeitura ampliará o sistema para o estacionamento em frente ao Ganha Tempo, na região central da cidade, e outras localidades. “Com as alterações, saíremos das 150 vagas atuais para 680 vagas”, enumera o secretário.
Ele disse que a intenção da prefeitura é expandir ainda mais a Zona Azul, mas ainda estuda se implantará parquímetros ou reestruturará o Demutran, que atualmente é o responsável pela venda dos talões de Zona Azul e também pela fiscalização dos usuários.
Primeira
O sistema de Zona Azul entrou em funcionamento no dia 14 de junho do ano passado na alameda Madeira. Nos primeiros meses, a rotatividade chegou a 600 veículos/dia nas 93 vagas, entre 10 e 16 horas, quando há maior procura por consultórios médicos e dentários, agências bancárias e demais serviços.
Na Madeira, o sistema começou com R$ 1 a hora, com a permissão para, no máximo, duas horas. Muitos motoristas tentaram burlar a Zona Azul, ou seja, estacionavam o veículo pela manhã e só o retiravam no final da tarde, deixando vários talões no parabrisa do veículo. As autuações do Demutran desmontaram o esquema.
Agora, com a ampliação da Zona Azul para 620 vagas em toda a cidade, o secretário estima que aproximadamente 4,5 mil veículos utilizem os espaços em esquema rotativo. “Procuramos implantar a Zona Azul nos locais com maior fluxo de pessoas e concentração de agências bancárias, consultórios e demais serviços, onde os problemas são resolvidos rapidamente, o que promove a rotatividade”, diz.
Como a Zona Azul funciona em horário comercial, de segunda a sexta-feira, ela não interfere na rotina dos moradores do bairro. Tão logo foi implantada, ela também não recebeu críticas dos moradores. Ao contrário, uma parcela elogiou, porque aprova a democratização do uso do solo.
É lógico que o sistema prejudica aqueles que se dirigem à região para trabalhar. Os estacionamentos particulares cobram preços salgados e são poucos os que dispõem de vagas para mensalistas. A maioria trabalha com diárias ou por hora. Em alguns deles, permanecer oito horas, pode custar R$ 30 no dia.
Levantamento mostra que os valores praticados no bairro chegam muito próximo dos cobrados por estabelecimentos em regiões nobres da capital, como avenidas Paulista e Faria Lima, além da Berrini.
Fonte: Folha de Alphaville