Caem casos de dengue em Alphaville

É sempre importante estar alerta quando o assunto é a dengue. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e pode levar à morte do infectado. Na região de Alphaville, felizmente, o mosquito não fez vítimas até este início de ano.

De acordo com dados da secretaria de Saúde de Barueri, em 2012 foram registrados 22 casos autóctones (doença adquirida dentro do município) e 25 importados (de munícipes que contraíram a doença em outras cidades) no município. Até o dia 16 de fevereiro deste ano, a secretaria não registrou nenhum caso autóctone e três casos importados.

No município de Santana de Parnaíba, entre janeiro e fevereiro do ano passado, a secretaria de Saúde registrou um caso autóctone e três importados nas 9.663 residências visitadas. No mesmo período deste ano, a secretaria confirmou seis casos importados e nenhum autóctone nas 5.433 visitas trabalhadas.

Para o biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido por Doutor Bactéria, diversos fatores influenciaram na queda do número de infectados pela doença na região. “As pessoas passaram a ser fiscais de possíveis focos do mosquito transmissor. Hoje em dia não é preciso que o voluntário da prefeitura de Barueri venha até a sua casa para dizer o que pode causar a dengue”, explica o doutor. Segundo ele, os fenômenos da natureza também podem ter influenciado nos números. “A falta  ou o excesso de chuva também contribui para a não proliferação do mosquito, pois ele fica sem poças de água.”, diz.





Os dois municípios que dividem o bairro de Alphaville desenvolvem programas fixos de combate à dengue durante o ano inteiro, com equipes de técnicos e agentes de campo.

No entanto, em todo o Brasil, a realidade é outra. Segundo o ministério da Saúde houve aumento em 190% nos casos notificados de dengue em todo o país. Segundo os números, entre 1 de janeiro e 16 de fevereiro de 2013, foram registrados 204.650 casos. No mesmo período de 2012 foram 70.489 notificações.

Os casos de mortes caíram no mesmo período, de acordo com o governo. Foram 33 óbitos entre janeiro e fevereiro deste ano, contra 41 no mesmo período de 2012.

Para o ministério da Saúde, a elevação na quantidade de casos de dengue se deve à circulação de um novo tipo da doença, o DENV-4, um dos quatro sorotipos existentes no país. “Um sorotipo em local onde nunca circulou encontra vários indivíduos suscetíveis. Atingiu municípios grandes, como Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Uberaba. Isso fez subir o número de casos”, afirmou Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde no bairro de Alphaville do Ministério da Saúde. A pior situação segundo o governo é no Mato Grosso do Sul.

Por isso o Doutor Bactéria faz um alerta: “Mesmo com a queda nos casos de dengue não se pode bobear. É preciso ser um fiscal constante e sempre conferir, pelo menos uma vez por semana, onde pode ser um possível foco. É importante lavar vasilhas de plantas com água, sabão e esfregar com esponja para não deixar rastros dos ovos de mosquito”, conclui.

Fonte: Folha de Alphaville





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