Excesso de veículos trava alamedas em Alphaville

Cada vez fica mais difícil transitar por Alphaville e Tamboré nos horários de rush. Os congestionamentos prejudicam tanto quem está entrando nos bairros como aqueles que tentam sair.

As alamedas principais, como Rio Negro, Araguaia, Piracema, Tucunaré, chegam a ficar travadas e um trajeto, que deveria durar 15 minutos, acaba se transformando numa viagem, que pode chegar a 40 minutos ou uma hora.

“Demorei 1h10 para chegar até o Shopping Tamboré”, contou o economista Élcio Vieira, 32, que saia da alameda Araguaia, próximo ao Centro Comercial Alphaville, no início da noite de segunda-feira.

Ele trabalha no bairro, conhece o trânsito, mas ressalta ter percebido um aumento maior de veículos circulando. “Não fiz nenhuma contagem. É que atualmente demoro mais para percorrer um trecho. Também encontro dificuldades para estacionar”, disse.

Não são só os trabalhadores que se dirigem aos bairros reclamam. Os moradores também são críticos e pedem providências das duas prefeituras – Barueri e Santana de Parnaíba – para a criação de novos acessos e novas alternativas. Andréa M. Solentino, moradora, disse que é contra os ‘retornos’, sempre distantes.

“Se vou ao Alpha­shopping, por exemplo, e quero voltar para casa, tenho de circular um bom trecho, enfrentar o trânsito carregado para chegar ao primeiro retorno. E isso não ocorre só na Rio Negro. No Tamboré também. Quem está chegando e não conhece o local, corre o risco de entrar na Araguaia para fazer o retorno e enfrentar o congestionamento dos dois lados da via. Ou seja, demora para acessar o retorno e para pegar o caminho correto”, diz.

“Somos curiosos no assunto. Na minha opinião, há intervenções certas e outras erradas, mas precisamos de um especialista, para que o trânsito não interfira em nossa qualidade de vida. Não posso ficar 1h30 para chegar a minha casa depois de um dia no escritório”, ressalta.





Independente das intervenções, Alphaville e Tamboré sofrem com o excesso de veículos, que chegam ao bairro diariamente. A última contagem do Demutran (Departamento Municipal de Trânsito), vinculado à Secretaria dos Assuntos de Segurança da Prefeitura de Barueri, apontava para cerca de 60 mil veículos a mais durante o horário de rush. O número equivale à frota de pequenas cidades e não há investimentos que possam atender esse crescimento absurdo.

Além do excesso de veículos, também há outros agravantes, como o número de fretados e de ônibus municipais e intermunicipais. Os fretados, embora tenham regras a seguir, demoram para recolher passageiros e insistem em transformar algumas vias em estacionamento. Os ônibus municipais e intermunicipais aumentam suas frotas nos horários de rush e também transitam até duas vezes pelo mesmo local.

Há muito a ser feito. Os problemas do trânsito estão nas pautas dos prefeitos de Barueri e de Santana de Parnaíba, Rubens Furlan e Silvinho Peccioli, respectivamente. Furlan já prometeu a construção de um novo acesso à Rodovia Castello Branco, que será feito a partir de um novo viário, com saída na avenida Tucunaré, dando acesso nos sentidos interior e capital.

O projeto já está pronto, mas depende de autorização do governo do estado, que mudará de mãos em janeiro. Portanto, a obra fica para o próximo ano.
Um outro projeto prevê a extensão da Via Parque.

A execução também depende de autorização do governo do estado. Além disso, a prefeitura estuda a possibilidade de restringir a circulação de caminhões nos horários de rush, a fim de aliviar os constantes congestionamentos. Quanto à implantação de rodízio de placas, tanto Furlan quanto Silvinho já se posicionaram como contrários.

Fonte: Folha de Alphaville





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