O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito civil para apurar denúncias de irregularidades em pagamentos a fornecedores feitos pelo defensor público-geral André Prieto.
A denúncia foi feita, há três semanas, pela ONG Moral. De acordo com os documentos apresentados pela entidade, o defensor-geral pagou mais de R$ 50 mil, sem licitação, na prestação de serviços do Buffett Alphaville. Prieto também contratou, por quase R$ 400 mil, a Ilex Filmes, produtora de vídeo do sobrinho do deputado estadual Sérgio Ricardo (PR).
Além disso, a ONG Moral questionou o aluguel da frota de veículos. Foram pagos R$ 1,4 milhão a uma empresa pelo aluguel de 35 veículos pelo período de um ano. De acordo com o contrato, a manutenção dos carros ficaria a cargo da própria Defensoria. A entidade diz que o valor seria suficiente para comprar os veículos, com folga de caixa.
A denúncia foi distribuída ao promotor Roberto Turin, da Promotoria Cível de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa. Uma cópia da denúncia também foi apresentada à Promotoria Criminal do Patrimônio Público.
Segundo o MPE, o inquérito civil, que é o primeiro passo do processo de investigação, foi aberto logo depois da análise dos documentos apresentados pela entidade. O promotor deve requerer documentos para analisar os indícios de irregularidades e se houve gastos excessivos por parte do gestor.
Procurado pela reportagem, o promotor Roberto Turin não quis se manifestar sobre a denúncia, alegando que a investigação está em fase inicial.
Fonte: Mídia News