Alguns defendem que elas sejam padronizadas. Outros que elas existam e tenham manutenção constante. Essa é a triste avaliação de alguns trechos das calçadas da alameda Araguaia. Em alguns pontos, os pedestres até se arriscam nas ruas, porque os passeios estão esburacados. Se há obras, há barro e poças de água.
“Saio da empresa e vou andando até o Centro Comercial. É um verdadeiro malabarismo. Até evito usar saltos, porque as calçadas danificadas estragam todo o sapato”, diz a secretária Elaine Nascimento, 32. O designer gráfico Antônio Carlos Soares, 23, é outro a reclamar. “Quando chove, a situação piora, porque se formam algumas poças de água. Não dá para arriscar e pisar, porque a gente corre o risco de cair numa vala”, alerta.
Quando há empresas instaladas no local, a manutenção é de responsabilidade delas. Nos demais trechos, compete à prefeitura fazer a manutenção. Como na Araguaia, há trechos em que foram utilizados paralelepípedos, muitos afundaram ou simplesmente foram arrancados pelo tráfego pesado de caminhões, deixando os passeios em situação de abandono.
Quem sofre com a situação são os pedestres. Por ali, nem transitam mães com carrinhos de bebês ou cadeirantes. Do contrário, a situação seria ainda pior. Próximo a um ponto de ônibus, por exemplo, além da falta de calçamento, há acúmulo de buracos e lixo, muitas vezes deixados pelos usuários do transporte público.
Mas não é só a Araguaia que serve como exemplo. Na avenida Paiol Velho, que faz a ligação entre as cidades de Santana de Parnaíba e Barueri, também há pontos em que não existem calçadas. Muitos moradores gostariam de utilizar a via para a prática de caminhadas, já que a área de esportes em frente ao Residencial 1, às vezes, está lotada. “Ali, fomos esquecidos”, diz a dona de casa, Mariângela Noriatan. Ela cobra maior investimento na via. “Muitas vezes vejo pessoas andando em meio ao mato, que encobre o pequeno calçamento”, denuncia.
Outra via em que os pedestres foram esquecidos é a avenida Alphaville, na divisa entre os municípios de bairro Alphaville e Tamboré. O calçamento é estreito e obriga o pedestre a fazer algumas manobras, caso insista em percorrer o trecho a pé. Aliás, a prática é bastante comum entre os prestadores de serviços dos residenciais.
Na alameda Grajaú, uma moradora reclama de uma obra ao lado do prédio de número 554. De acordo com ela, na calçada há uma tampa de registro de água vazando. “Isso acontece há mais de um mês e ninguém toma providências”, diz. Na alameda Mamoré, caminhões imensos impedem a passagem dos pedestres.
Para ela, falta atenção aos pedestres. “Uma pena, porque o bairro é arborizado e poderia incentivar mais a prática de caminhadas, pelo menos as de curto trajeto, caso as calçadas fossem cuidadas”, sugere.
Fonte: Folha de Alphaville