Polícia vai ouvir vizinhos da prefeita de Jandira em Alphaville

A Polícia Civil vai ouvir nos próximos dias vizinhos e funcionários do residencial 6, no bairro de Alphaville, onde a prefeita de Jandira, Anabel Sabatine (PSDB), tem uma casa. O namorado dela, o ex-policial militar Francis Herman Falcão, disparou vários tiros de pistola na residência na madrugada de segunda-feira (26).

Segundo a Polícia Civil, os depoimentos dos dois têm contradições. Falcão, que também é secretário de Planejamento de Jandira, disse que atirou cinco vezes porque viu um vulto. já a prefeita contou que, antes dos disparos, ela e o namorado discutiram por ciúme. O laudo de uma perícia feita na casa também deve ajudar a polícia a esclarecer o fato.

A arma usada por Falcão, uma pistola semiautomática, está registrada em seu nome. Segundo a polícia, por conta disso ele pode mantê-la em sua casa. A Polícia Civil, porém, poderá indiciá-lo por disparo de arma de fogo, crime com pena de dois a quatro anos de prisão.





Suspeita
Anabel tomou posse depois do assassinato do prefeito Braz Paschoalin, em dezembro do ano passado. Há três meses, a prefeita foi afastada do cargo por suspeita de irregularidades na administração.

Um documento feito por um morador de Jandira e entregue na Câmara Municipal motivou a criação de uma comissão processante. Ele indica que a Prefeitura usou R$ 3,2 milhões de um fundo federal para a educação e mais de R$ 400 mil da verba para o combate à dengue para cobrir a folha de pagamento do funcionalismo da cidade, o que é proibido. A prefeita nega as irregularidades.

Com base nas denúncias, em 13 de setembro os vereadores afastaram Anabel e determinaram que o presidente da Casa, Wesley Teixeira (PSB), tomasse posse. Para iniciar suas atividades na Prefeitura no dia seguinte, Teixeira teve que chamar um chaveiro para abrir a porta do gabinete, que foi encontrado trancado.

Depois de dois dias afastada, a prefeita conseguiu um mandado de segurança e voltou a comandar a cidade. As denúncias de fraude, porém, continuam sendo investigadas pela Câmara.

Fonte: Folha de Alphaville





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