A grande demanda por vagas em estacionamentos em Alphaville e Tamboré faz com que os preços nesses locais sejam altos e sofram reajustes frequentes. A variação de preços entre um estabelecimento e outro pode chegar a 257%, quando considerado os valores cobrados por dia. No mais barato, o motorista desembolsa R$ 7 contra R$ 25 no mais caro. É lógico que o tamanho e a localização do estabelecimento definem a política de preços.
Um estacionamento coberto na alameda Madeira cobra R$ 10 por hora, R$ 25 por dia e R$ 350 dos mensalistas. Aliás, é na alameda Madeira em que ficam os estacionamentos com preços mais salgados: entre R$ 280 a R$ 350 para mensalistas, e diárias de R$ 20 a R$ 25, sendo que um deles não aceita clientes por um dia.
O motorista que não se incomoda em parar um pouco mais distante do Centro Comercial, onde há concentração de lojas, escritórios e restaurantes, encontra estacionamentos com preços um pouco mais atrativos. Na alameda Amazonas, a mensalidade é R$ 120, a hora e o dia saem por R$ 7. Na alameda Rio Negro, o mensalista paga R$ 140 e pelo dia, R$ 12. Esses estabelecimentos são, em sua maioria, descobertos.
A reportagem da Folha de Alphaville visitou 15 estabelecimentos. Um deles não aceita mensalistas e os demais têm uma ou duas vagas disponíveis para quem está interessado em contratar por mês.
A secretária Ivana Correia, 42, disse que ficou mais de duas semanas à procura de uma vaga em estacionamento coberto. “Consegui falar com o proprietário e tive um pequeno desconto. De R$ 280, vou pagar R$ 250 e ainda assim acho um exagero, mas não há outros lugares. Aqui, ficamos reféns. São poucas vagas para a quantidade de carros que circulam por Alphaville e Tamboré”, diz.
De acordo com um funcionário de um dos estacionamentos, que preferiu não ser identificado, existe a pressão dos proprietários dos estabelecimentos para que seja cobrado o valor mais caro. “Os motoristas não acham vagas nas ruas e, mesmo cobrando mais nos estacionamentos, a procura por eles não diminui”, diz.
Estimava-se que a ampliação do sistema de Zona Azul provocasse uma corrida aos estacionamentos particulares. “Houve uma procura maior nos primeiros meses do ano. Nada que salte aos olhos. Ao invés de atender cinco motoristas à procura de vagas, estamos atendendo sete ou oito”, diz o funcionário de um estacionamento na alameda Madeira. “Mas não temos vagas para mensalistas.”
Cuidados
Para evitar problemas na utilização do serviço de estacionamento, o Procon de Barueri recomenda alguns cuidados. Para avulsos, o consumidor deve estar ciente de que os preços não são tabelados e variam de acordo com cada região.
Entretanto, todos os valores devem estar afixados em local visível. Também deve haver o número de vagas, aviso sobre a presença de manobristas e a existência de seguro com número da apólice, seguradora, data do término da cobertura e os riscos compreendidos.
Se notar algum dano ao retirar o veículo, informe na hora e formalmente o ocorrido, protocolando documento junto ao estabelecimento, além de registrar boletim de ocorrência em uma delegacia. Tais registros servirão de prova em caso de discussão judicial.
Nos shoppings, supermercados e lojas de departamento, guarde todo e qualquer comprovante de uso do estacionamento, ou ainda, nota fiscal, tíquete de compra ou similar que comprovem que esteve no estabelecimento, pois estes constituirão prova em caso de abertura de reclamação por problemas de dano, furto ou roubo do veículo.
Serviço:
O Procon de Barueri atende à avenida Henriqueta Mendes Guerra, 550,
Ganha Tempo, Centro – Guia do bairro Alphaville.
Telefones: 4199-1333 ou 4199-1324.
Fonte: Folha de Alphaville