Embora o valor médio nacional da refeição fora de casa, composta por prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e cafezinho, tenha sido de R$ 21,11 em 2010, conforme aponta pesquisa da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), o mesmo não é praticado na região. Alphaville é o único a se aproximar do valor, praticando, em média, o preço de R$ 21,10.
No comparativo com Osasco, o custo da refeição fora de casa em Alphaville fica 52,9% mais caro. O montante também foge do praticado em bairros da capital, como Perdizes e Moema, onde os preços são de R$ 19,70 e R$ 16,50, respectivamente.
Segundo a associação, o aumento nos preços dos alimentos ao longo de 2010 teve reflexo direto sobre o valor cobrado pelas refeições nas principais capitais brasileiras. Não há justificativa para o valor praticado no bairro de Alphaville. “Talvez seja reflexo da infraestrutura do bairro ou do alto padrão vinculado à região”, explica o economista Júlio César Carvalhães. De acordo com ele, não só a refeição é mais cara em Alphaville como os demais serviços. “De escolas à lavagem do carro, o consumidor sempre vai pagar mais em Alphaville”, avalia.
A secretária Bárbara Eleutério, 36, disse que sente no bolso os reajustes. “Independentemente do restaurante que funciona com self- service, percebo que os preços são praticamente os mesmos. Sempre gasto mais do que o valor do meu tíquete”, diz.
O mesmo acontece com o programador Vicente Carvalho, 28. “Até escolho onde almoçar, porque já tenho uma média de consumo. Não dá para economizar tanto, porque os preços praticados são quase iguais, então corto a sobremesa, o suco ou refrigerante. Uma coisa é certa: os valores dos tíquetes estão bem abaixo dos preços praticados no mercado”, desabafa.
Em 2009, o preço médio da refeição fora de casa era R$ 18,20. Para o presidente da Assert, Artur Almeida, o aquecimento da economia brasileira resultou no aumento da demanda por refeições fora de casa. Aliado a isso está o aumento nos preços de Itens considerados fundamentais na composição de uma refeição, como feijão (51,49%) e carne (29,64%).
Segundo a pesquisa, os preços médios mais altos de refeições foram encontrados nas regiões Sudeste, cujo preço médio foi de R$ 22,19, e Centro-Oeste, de R$ 21,21. Em 2009, em ambas as regiões, os valores haviam sido de R$ 19,10.
“Esse valor varia conforme a região em que atuam e as exigências de qualidade alimentar do PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador instituído no Brasil em 1976 e que, neste ano, completa 35 anos em vigor. Hoje, o preço médio dos vouchers no país está em R$ 10”, diz.
Fonte: Folha de Alphaville