Valor da locação tem alta de 12% em Alphaville

É fato que o mercado imobiliário registra altos e baixos. Há períodos em que se tem a impressão que o mercado está estagnado. Mas é só impressão, porque os preços continuam a aumentar e, mesmo com tantos lançamentos imobiliários, faltam alternativas que se enquadrem dentro de determinados perfis.

A última pesquisa do Secovi (Sindicato da Habitação) mostra que o preço dos aluguéis na cidade de São Paulo sofreu acréscimos significativos em novembro. As unidades de um quarto foram as que mais subiram, em uma média de 2,5%. Já a locação das residências de dois dormitórios teve alta menor (1,5%) e os de três quartos ficaram com seus valores mais ou menos estabilizados, com pequena elevação de 0,5%.

A pesquisa também mostra que os aluguéis de casas, sobrados e apartamentos em novembro apresentaram valores em média 1,7% mais altos em relação ao mês anterior. Com isso, os valores das locações tiveram alta de 19,8% nos últimos 12 meses, ou seja, uma variação superior ao da inflação medida no período.

Os dados do Secovi consideram os valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e foram organizados em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas zonas: a que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Sumaré, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã, Jaguaré); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Campo Belo, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Ipiranga etc.).





A região de Alphaville apresentou praticamente o mesmo desempenho do mercado imobiliário na capital. Aroldo Dutra Garcia, sócio-proprietário da imobiliária Apriori, diz que os valores de locação cobrados em um flat próximo ao Centro Comercial Alpahville, no último ano, podem servir de exemplo. “O aluguel de um flat no Le Bougainville, já incluso valor de condomínio e arrumação, há um ano ficava entre R$ 2 mil e 2.200. Hoje, o preço praticado gira em torno de R$ 2.800 a R$ 3 mil”, revela.

De acordo com ele, os apartamentos de um e dois dormitórios foram os que registraram maior procura durante o ano, com destaque para o período de férias escolares, quando as famílias procuram por imóveis.

João Finotti, proprietário da Finotti Imóveis, acrescenta que o valor de locação subiu cerca de 12% em um ano e que a procura por apartamentos residenciais é tão grande, que todos os lançamentos recentes no guia Alphaville foram sucesso de vendas. “Em um empreendimento no 18 do Forte, os 180 apartamentos disponíveis foram vendidos em um mês e meio. Só na primeira semana foram comercializados 60% das unidades”, diz.

Finotti informa que existem dois tipos de demanda para apartamentos residenciais. “Os investidores e os funcionários das empresas situadas em Al­phaville são os que mais procuram pelos imóveis. Com relação aos investidores, a vantagem é o ótimo retorno em caso de compra e depois locação, cerca de 0,8% do valor total do imóvel. Só para comparar, a taxa de retorno das casas alugadas chega hoje a 0,5%. Já com relação aos funcionários, a boa procura se dá por conta dos contratos de trabalho de, em média, dois anos. Para essas pessoas que vem morar na região por um período, alugar é mais vantajoso do que comprar”, finaliza.

Fonte: Folha de Alphaville





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